John Ames, o pastor que eu queria ter
Pastor com um rebanho de ovelhas, de Van Gogh A morte é inevitável e, ao mesmo tempo, inesperada em nossas vidas. O rev. John Ames sabia que a sua existência estava se abreviando e decidiu eternizar, para o seu filho, com a avidez de quem não sabe quanto tempo ainda lhe resta, a sua paternidade. A sua escrita de fôlego só faz viagens entre o passado, o presente e imagina o futuro de uma forma doce, mas com alguns sabores amargos quando ele lembra que não vai poder ver o seu garoto crescer. Às vezes, chego quase a esquecer o meu propósito ao escrever essas páginas, qual seja, contar-lhe coisas que teria lhe contado se você crescesse ao meu lado; coisas que, acredito, caibam a mim, enquanto pai, ensinar a você. (p.179) Dessa forma, como alguém que não tem o que perder por abrir o coração e mostrar as dores e os prazeres de sua vida como pastor de uma comunidade, Ames se desnuda em seu ato de escrever. Por que John Ames é o pastor que eu queria ter? Ames nos faz refletir sobre a forma que