Rio, de Machado a Drummond
As imagens aparentemente aleatórias a seguir podem não siginificar alguma coisa para os meus poucos (e pacientes) leitores do blog, mas foi lá que Machado de Assis nasceu, na casa de número 18. O escritor recebeu o apelido de Bruxo do Cosme Velho.Passar por lá é um verdadeiro convite a nostalgia literária, algo que poucas pessoas se dão ao luxo de desfrutar.
A rua Cosme Velho encontra-se no Rio de Janeiro, no bairro Cosme Velho e dá acesso ao bonde que leva ao Cristo Redentor. Antes de desfrutar da paisagem de tirar o fôlego lá em cima, fiquei imaginando que casa poderia ter sido descrita por ele nos livros. Visualizei as roupas pomposas do Império e os momentos marcantes da República.
Casas de arquitetura antiga, com árvores altas na entrada
Acesso ao Corcovado
Bonde que conduz ao Corcovado
Dizem que a casa de Machado de Assis ficava nesse prédio a direita na foto...
Enquanto isso, em Copacabana, próximo à esquina das avenidas Atlântica e Rainha Elizabeth, foi lá que eu encontrei com ele... Ah, Drummond! Pausa para alguns *suspiros*
Ele, ali, diante daquele mar lindo, pensativo:
"no mar estava escrita uma cidade"
Eu e ele...
Esse, segundo falam, era um dos lugares preferidos do poeta. Agora eu entendo o motivo!
"Eta vida besta, meu Deus."
Encerro o post com as palavras dele:
Entre o ser e as coisas
1951 - CLARO ENIGMA
Onda e amor, onde amor, ando indagando
ao largo vento e à rocha imperativa,
e a tudo me arremesso, nesse quando
amanhece frescor de coisa viva.
Às almas, não, as almas vão pairando,
e, esquecendo a lição que já se esquiva,
tornam amor humor, e vago e brando
o que é de natureza corrosiva.
N´água e na pedra amor deixa gravados
seus hieróglifos e mensagens, suas
verdades mais secretas e mais nuas.
E nem os elementos encantados
sabem do amor que os punge e que é, pungindo,
uma fogueira a arder no dia findo.
1951 - CLARO ENIGMA
Onda e amor, onde amor, ando indagando
ao largo vento e à rocha imperativa,
e a tudo me arremesso, nesse quando
amanhece frescor de coisa viva.
Às almas, não, as almas vão pairando,
e, esquecendo a lição que já se esquiva,
tornam amor humor, e vago e brando
o que é de natureza corrosiva.
N´água e na pedra amor deixa gravados
seus hieróglifos e mensagens, suas
verdades mais secretas e mais nuas.
E nem os elementos encantados
sabem do amor que os punge e que é, pungindo,
uma fogueira a arder no dia findo.
Comentários
Eu amo a arquitetura antiga do Rio! <3
Quando ando de ônibus fico horas observando e imaginando como seriam aquelas casas quando recém-construídas, como seria a primeira família a habitar elas.
Queria um closet onde eu pudesse entrar e sair direto no Rio Antigo, aquele que inspirou todos esses gênios.
Poxa, um dia também tiro minha foto ao lado do Drummond. Outra amiga mandou fotos na frente da casa de Kafka, lá da Europa, pra me fazer abrir um sorriso.
E concordo com Ívina, você está linda nessa foto ao lado do poeta...
Se foi ao Rio e ñ visitou nenhuma favela ñ adiantou. As maiores personalidades do Rio são da favela uai, :P
Ívina, sua linda, obrigada pela visita! ;)
Hey, Daniel, obrigada. Tá adicionadíssimo também! =D
Alexandre, da próxima vez visito uma favela em sua homenagem, tá? Hahaha!
Sabe, não queria falar nada não, mas acho que o Drummond estava olhando para suas pernas, safadinho!!!
;)
Também quero ver a casa do machado!!!