Assassinei o "Soneto de Fidelidade". Perdão, Vinícius de Moraes...
      SONETO DA REVISÃO TEXTUAL      De tudo ao texto dos outros serei atenta.   Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto    Que mesmo em face ao maior erro   não terei desencanto, ainda que dê risada do meu sofrimento.      Quero lê-lo em cada vão momento   E em seu lapidar espalhar minha revisão   E rir seu riso e derramar seu pranto   Ao seu pontuar ou seu descabimento.      E assim quando mais tarde me procure   Quem sabe o autor, angústia de quem revisa   Quem sabe a reescrita, fim de quem revisa      Eu possa me dizer dos textos (que li):   Que não seja imortal, posto que é "cilada, Bino!"   Mas que seja infinito enquanto corrigido.